domingo, 1 de julho de 2007

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O Destacamento Aéreo da Madeira, está sem “Merlin”, o helicóptero que chegou há pouco mais de um ano, mas que teve de parar por falta de comandante. A situação levou a que fosse o Aviocar a avançar para as missões de evacuações sanitárias, aquelas em que os voos se fazem entre aeroportos, deixando as missões de Busca e Salvamento para o navio patrulha destacado no Comando de Zona Marítima da Madeira e para um dos “Merlin” estacionados ou na Base das Lajes, nos Açores, ou na Base Aérea nº 6, no Montijo. Tudo depende de onde decorrer um eventual acidente.Das Relações Públicas da Força Aérea Portuguesa tivemos a confirmação de que estão a ser formados novos comandantes para os doze helicópteros que deveriam estar a operar, mas apenas seis deles estão operacionais, porque efectivamente é esse o número de comandantes que existem neste momento. O tenente-coronel António Seabra afirmou ao Jornal que a situação está a acontecer temporariamente e que o “Merlin” voltará à Madeira logo que os novos comandantes, actualmente em formação, estiverem aptos. Mas a formação dos novos pilotos, tanto quanto se consegue perceber pela legislação internacional de aviação, tem sempre de obedecer a um mínimo de horas de voo e, nesta altura, pelo que soubemos, nenhum dos pilotos em formação específica para o “Merlin” tem horas suficientes de voo noutros aparelhos para operar, nos próximos meses, um dos aparelhos, seja de que modelo for. Os que mais se aproximam são três comandantes que transitam dos Pumas.FA sem capacidade de segurar altos quadrosA realidade é que a Força Aérea tem vindo, ao longo dos anos, a perder os quadros altamente especializados para o mercado civil. O exemplo das companhias aéreas é o mais flagrante, mas há também quem saia para empresas de combate a fogos florestais. Dos nove comandantes que operavam em Novembro de 2006, passarão a ser cinco no final deste mês e, desses, um vai casar e gozar os dias a que tem direito. Ou seja, ficará reduzida a quatro a capacidade operacional daquela esquadra da Força Aérea, mas nada garante que os que neste momento estão a trabalhar continuem naquele ramo das Forças Armadas. O mesmo cenário tem acontecido com os pilotos de outras aeronaves, nomeadamente com os dos Aviocar. Açores com dois, Madeira sem nenhumHá quem, nos meios da Força Aérea, questione esta opção, uma vez que se mantêm nos Açores duas tripulações em permanência. Ironizando, a nossa fonte faz votos para que não haja nenhum acidente perto das Selvagens, porque aí será difícil saber se avançará o “Merlin” do Montijo ou o dos Açores, porque só para sair das Lajes e chegar a sul da Madeira são cinco horas. Além disso, deixar nas mãos da Marinha a responsabilidade de busca e salvamento pode parecer paradoxal, porque foi o Estado português que recebeu apoios internacionais para ter aqueles meios de busca e salvamento na Força Aérea e não na Armada. Enfim, a verdade é que foi a Madeira que ficou prejudicada e a situação só poderá ser resolvida dentro de alguns meses. Até lá, cspera-se que não haja perda de vidas a lamentar…12 “helis” adquiridos com apoios da UEA Força Aérea Portuguesa adquiriu, ainda no decorrer de 2005, 12 helicópteros “Agusta Westland EH-101” em três variantes distintas para três tipos de missões diferentes. A frota de aparelhos que conhecemos por “Merlin” consiste em 6 “helis” de variante SAR (Busca e Salvamento), 2 de variante SIFICAP (Sistema de Fiscalização das Pescas) e por 4 de variante CSAR (Busca e Salvamento em Combate). Os mais baratos custaram cerca de 23 milhões de euros e os mais dispendiosos, com cauda retráctil, preparados para estas últimas missões, ascenderam a 25 milhões. A União Europeia co-financiou parte destes aparelhos, mas o que é um facto, neste momento, é que dos doze teoricamente operacionais, apenas seis podem levantar voo. Mas isso por enquanto, porque se algum dos seis comandantes adoece ou se troca a Força Aérea por um privado, o número ainda fica mais reduzido.
Fonte: Jornal da Madeira

terça-feira, 13 de março de 2007

Guiné-Bissau interessada na compra de helicópteros portugueses

Guiné-Bissau interessada na compra de helicópteros portugueses
A Guiné-Bissau está interessada na compra de helicópteros Puma, que deixaram de operar no ano passado depois de 35 anos ao serviço da Força Aérea Portuguesa, disse hoje à Agência Lusa fonte governamental.
O interesse da Guiné-Bissau foi manifestado durante a visita a Lisboa, na semana passada, do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas guineenses, General Tagmé Na Waé, no âmbito da cooperação técnico-militar entre os dois países, acrescentou a fonte.
O Governo, de acordo com a mesma fonte, «está a analisar a questão».
Os Puma deixaram de operar no ano passado, após a sua substituição pelos EH-101, e Portugal tem um lote de oito aparelhos à venda, havendo vários interessados, além da Guiné, concluiu a fonte.
O chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, general Tagmé Na Waé, esteve de visita a Portugal na semana passada, a convite do seu homólogo português, general Valença Pinto.
Os helicópteros Puma estão ao serviço da Força Aérea há cerca de 35 anos e, depois da guerra colonial, a sua principal missão tem sido a de busca e salvamento em Portugal e nas ilhas.
Fonte: Diário Digital / Lusa

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

A Base Aérea de Beja (BA11), foi descartada como infraestrutura operacional para receber a futura frota de helicópteros da Protecção Civil, para comba

A Base Aérea de Beja (BA11), foi descartada como infraestrutura operacional para receber a futura frota de helicópteros da Protecção Civil, para combate a incêndios.
A Base Aérea N.º11, sedeada em Beja, deixou de ser opção para o Ministério da Administração Interna, para ser a base operacional da futura frota de helicópteros da Protecção Civil.
A notícia foi avançada pelo “Jornal de Notícias”, citando o Secretário de Estado da Administração Interna, Rocha Andrade, que revelou que ao contrário do inicialmente previsto a base operacional de helicópteros da Protecção Civil, deverá ser instalada num aeródromo municipal e não em instalações da Força Aérea. Esta hipótese foi excluída porque a única base com condições seria a de Beja, considerada “muito pouco central”. Os aeródromos de Seia, Viseu e Ponte de Sôr são agora as alternativas em estudo.
A frota pública será composta por seis helicópteros médios (Kamov) e quatro ligeiros (Eurocopter), tendo na passada semana sido criada a Empresa de Meios Aéreos (EMA), uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos.
Recorde-se que em 15 de Janeiro, a Voz da Planície informava que o Ministério da Administração Interna estava a tentar encontrar uma infra-estrutura aeronáutica para fazer sedear os dez helicópteros que começam a chegar a Portugal em Maio e a Base Aérea de Beja é uma das hipóteses para sedear a frota.
O então Chefe de Gabinete de Relações Públicas da Força Aérea, Coronel Carlos Barbosa, confirmava que uma comissão do MAI tinha visitado a base para a avaliação das condições de recepção das aeronaves.
O “Jornal de Notícias” revela agora que os seis helicópteros Kamov Ka 32 que o Governo decidiu comprar em concurso público, terão que ser matriculados como aeronaves do Estado. A ausência de certificação dos aparelhos, levou `impugnação do concurso por parte de um dos concorrentes.
A concluir resta referir que a inexistência de certificação das aeronaves, impede o transporte de passageiros, ou seja, actividades como transporte hospitalar de doentes, estão inviabilizadas.
Constituída a Empresa de Meios Aéreos, entidade que vai gerir a frota pública de helicópteros, as suas duas missões prioritárias serão a certificação de aeronaves e recrutamento de pilotos, situações que a titulo provisório foram desenvolvidas por uma comissão de acompanhamento, que esteve na Base de Beja a avaliar as capacidades para a mesma poder receber os Kamov e os Eurocopter.
Fonte: Voz da Planicie

Luso-americano indemnizado por ter sido expulso de avião

Luso-americano indemnizado por ter sido expulso de avião


Um luso-americano expulso de um avião por comportamento "suspeito" vai receber uma indemnização de 308 mil euros da American Airlines, de acordo com uma decisão de um tribunal de Boston. A sentença colocou o caso no centro da discussão sobre os direitos cívicos e a segurança nacional nos Estados Unidos.


Na segunda-feira um tribunal do estado de Massachussetts decidiu que a companhia aérea American Airlines terá que pagar 400 mil dólares de indemnização a John Cerqueira, de 39 anos, que a 28 de Dezembro de 2003 foi forçado pela polícia a abandonar um avião que estava prestes a partir de Boston, Massachussets, para Fort Lauderdale, na Florida.Cerqueira estava sentado ao lado de dois cidadãos israelitas cujo comportamento levantou suspeitas entre os assistentes de bordo. O português não conhecia os israelitas mas o capitão John Ehlers escreveu no seu relatório que todos tinham feito "comentários inapropriados e suspeitos".A polícia forçou os três passageiros a abandonar o avião, mas depois de os interrogar durante cerca de duas horas libertou-os. No entanto, a American Airlines recusou-se a aceitar John Cerqueira novamente como passageiro, forçando-o a comprar um bilhete numa outra companhia, depois de lhe devolver o dinheiro que tinha pago pelo primeiro bilhete.O luso-americano disse à imprensa norte-americana ter sido tratado "como um terrorista" numa situação em que não havia possibilidade de "poder provar que não tinha feito ou dito algo" de errado."Estou grato ao júri por ter enviado uma mensagem à American Airlines que não pode usar o pretexto da segurança para comportamento ilegal", disse Cerqueira ao Boston Globe. "Eles pensaram que podiam ir a tribunal e dizer que era uma questão de segurança para estarem acima da lei. O júri disse que não podem fazer isso", acrescentou.O seu advogado, David Godkin, disse que Cerqueira tinha sido expulso da aeronave apenas pela sua aparência física. "Se Cerqueira fosse uma mulher loira de meia-idade teria acontecido o mesmo?" interrogou Godkin, em declarações a um outro jornal, o Boston Herald."Seria normal que tivessem apresentado desculpas e que o tivessem colocado em primeira classe, garantindo que chegaria ao seu destino nesse mesmo dia, mas não o fizeram", acrescentou.Cerqueira disse estar consciente de que os ataques de 11 de Setembro "ainda pesam nas consciências". "Se me tivessem colocado noutro voo nada disto se teria acontecido", admitiu.Desde os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, em que a American Airlines perdeu dois aviões, que se têm registado diversos incidentes idênticos, reflectindo o nervosismo que existe na indústria aérea norte-americana sobre a possibilidade de desvios de aviões.Em Novembro seis clérigos muçulmanos, alguns deles de nacionalidade norte- americana, foram impedidos de embarcar num avião da US Airways, em Minnesota, de pois de terem sido acusados de "actividade suspeita" pelo pessoal de bordo. Os seis clérigos tinham efectuado orações muçulmanas antes de tentar entra r para o avião.Em Maio do ano passado quatro membros das forças armadas angolanas foram d etidos por breves momentos no aeroporto internacional de Newark por terem "actua do de forma suspeita" num voo de Dallas, no Texas, para essa cidade. Um quinto passageiro de cidadania israelita, que viajava com os angolanos, foi também detido e interrogado.Os angolanos e o israelita tinham levantado a suspeita dos assistentes de bordo por terem trocado várias vezes de lugar e estarem a ler manuais de voo. Descobriu-se posteriormente que tinham terminado um curso de voo de helicópteros no Texas.Tantos têm sido os casos que o Departamento de Transportes dos Estados Uni dos já avisou a American Airlines, a Continental e a Delta de que em situações d o género estão a violar leis federais contra a discriminação.O caso de Cerqueira foi contudo o primeiro a chegar a tribunal e daí a controvérsia que está a gerar. Michal Kirkpatrick, advogado da organização jurídica "Public Citizen Litigation Group", disse que o caso de Cerqueira "é parte do debate que existe actual mente sobre a segurança e os direitos cívicos" nos Estados Unidos."Não pensamos que haja um conflito entre segurança e os direitos das pessoas e neste caso o júri concordou connosco," disse. Ibrahim Cooper, porta-voz do Conselho para as Relações Americano-Islâmicas , que no passado protestou contra a alegada discriminação de muçulmanos pelas linhas aéreas, também concorda com a decisão do tribunal de Boston.Cooper disse que a decisão do júri é "uma mensagem clara de que as companhias aéreas têm que tratar o seus passageiros de forma justa, sem qualquer discriminação baseada na religião, na etnia ou na percepção de religião ou etnia".Por seu lado, o sindicato dos pilotos norte-americanos descreveu como "vergonhosa" a decisão do tribunal ordenar o pagamento da indemnização de 400 mil dólares ao luso-americano. O sindicato refere os pilotos "não esqueceram o 11 de Setembro", acrescentando que "o piloto que está aos comandos do avião é responsável por tudo o que s e passa dentro do aparelho" e que pela lei o capitão tem "autoridade total" dentro da aeronave."Temos que assegurar que a autoridade do capitão é protegida para que nunca se sinta intimidado ou receoso de tomar uma decisão acertada", acrescentou.A American Airlines disse, através de um porta-voz, que a decisão do júri "não é apoiada pelos factos ou pela lei", pelo que a companhia está a "avaliar a s suas opções jurídicas".


Fonte: TvNet / Lusa

OGMA vende mais 12,4%

OGMA vende mais 12,4%


A OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal – aumentou o volume de negócios em 12,4 por cento, nos dois primeiros anos de privatização. De acordo com documentos a que o CM teve acesso, a empresa registou um volume de negócios no valor de 117,9 milhões de euros, em 2005, que aumentou para 132,6 milhões, em 2006.


Os montantes gerados pelas exportações também aumentaram após a compra, no início de 2005, de 65 por cento das acções pela Airholding SGPS, consórcio composto pelas empresas brasileiras Embraer e EADS. As restantes acções, 35 por cento, ainda pertencem ao Estado português. Segundo o mesmo documento, em 2005 o volume de exportações atingiu os 94 milhões, mas em 2006 ascendeu aos 113,1 milhões de euros.Só mesmo a participação da Força Aérea Portuguesa diminuiu. Se em 2005, o Ministério da Defesa ‘participou’ nos lucros da empresa com 16,5 milhões de euros, em 2006, essa participação caiu para os 12,6 milhões de euros. A aviação militar (37 por cento) e os motores (29 por cento) são as áreas com maior número de vendas. Fundada em 1918, a OGMA é uma empresa dedicada à fabricação, modernização e manutenção de aviões.Ontem, a Comissão Parlamentar de Defesa visitou as instalações da empresa em Alverca e, segundo adiantou à Lusa o presidente Miranda Calha (PS), a direcção da OGMA manifestou a “vontade de concretizar” os programas de contrapartidas atrasados que estão prometidos. A empresa deveria receber cerca de 100 milhões de euros em contratos de manutenção de helicópteros Agusta.


Fonte e direitos de Imgem: Correio da Manhã

Sistema de busca e salvamento analisado até 22 de Fevereiro


Sistema de busca e salvamento analisado até 22 de Fevereiro


A Inspecção-Geral da Defesa Nacional (IGDN) iniciou ontem os trabalhos de campo para avaliar os procedimentos da Armada e da Força Aérea nas operações de busca e salvamento, soube o DN junto de fontes militares.O anúncio da auditoria - a concluir num prazo de 30 dias - foi feito no passado dia 12 de Janeiro pelo ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, na sequência do naufrágio de uma traineira a meia centena de metros de uma praia junto à Nazaré, a 29 de Dezembro, e do qual resultou a morte de seis pescadores.Um elemento novo, relativamente às operações de socorro naquela manhã, diz respeito à activação do helicóptero EH101 da Força Aérea: uma avaria na fase de verificação dos equipamentos (sensores, radares) e ignição dos três motores obrigou a um atraso de 10 minutos na descolagem do aparelho, revelaram algumas das fontes ao DN. A intervenção da IGDN visa aperfeiçoar o sistema de busca e salvamento existente, nomeadamente reduzindo os tempos de alerta dos meios aéreos. Nesse sentido, a Inspecção-Geral poderá fazer algumas recomendações específicas para melhorar o modelo em vigor.Segundo as fontes, a equipa da IGDN - reforçada com um perito da Força Aérea, coronel Luís Ruivo, e outro da Marinha, capitão-de-mar--e-guerra Jorge Palma (comandante da fragata Corte Real) - terá de concluir os seus trabalhos até ao próximo dia 22 de Fevereiro. Os 10 dias a mais relativamente ao prazo dado pelo ministro deve-se ao procedimento burocrático de notificar a IGDN e de esta nomear a equipa responsável pela análise do sistema de busca e salvamento português.O facto de a tragédia ter ocorrido a poucos metros da praia e à vista desarmada suscitou dúvidas em torno da rapidez de resposta dos meios militares, navais e aéreos, afectos ao sistema de busca e salvamento. Recorde-se que houve um intervalo de cerca de hora e meia entre o primeiro alerta com a posição correcta da traineira (08.25) e a chegada do helicóptero EH101 - com o qual se conseguiu salvar um único pescador - à praia da Légua.Quanto à falha ocorrida na fase de verificação dos aviónicos e motores do helicóptero, as fontes frisaram que é impensável arrancar com um EH101 havendo luzes encarnadas a piscar na cabina de voo. Ao contrário dos velhos Puma, em que uma falha - quase sempre mecânica - poderia ser 'contornada' pelos pilotos, os novos EH101 Merlin são "altamente informatizados". "É a penalização da tecnologia", constatou um dos militares. Por outro lado, com base nas missões já realizadas pelo EH101 desde o naufrágio de 29 de Dezembro (a última das quais no último fim-de-semana, nas Berlengas) e tendo presente o que sucedeu nessa manhã, fontes da Força Aérea observaram ao DN que aqueles helicópteros "precisam mesmo de 45 minutos" para descolar. Só activar os três motores - e quase tudo nos Merlin é em triplicado - exige cinco a sete minutos para cada um, explicaram.Outra fonte admitiu, no entanto, ser possível optimizar os tempos de alerta. "Mas alguém vai ter de pagar", alertou. Colocando de parte a necessidade de mais militares, esse acréscimo de custos resultará da logística exigida para ter os helis num grau de prontidão mais curto - por exemplo, maior consumo de combustível e desgaste do material.De notar que, no Reino Unido, o estado de alerta dos meios aéreos afectos às operações de socorro é de 15 minutos durante o dia - e, acrescentaram as fontes, de 45 minutos no período nocturno (o mesmo tempo que em Portugal).


Fonte e direitos de Imagem: Jornal DN

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Helicoptero de socorro ficou sem combustivel

O helicóptero do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) que, anteontem à noite, procedeu ao resgate das vítimas do acidente na Linha do Tua esteve parado durante duas horas (das 22h à meia-noite) a aguardar reabastecimento no aeródromo de Vila Real. Como o helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que também esteve na zona do acidente já tinha, entretanto, regressado a Matosinhos, nesse espaço de tempo não teria sido possível, caso necessário, resgatar os corpos que os bombeiros procuravam no local (um foi ontem resgatado e dois continuam desaparecidos). A hipótese de se accionar meios alternativos não foi, ao que o JN apurou, equacionada em nenhum momento. As falhas estenderam-se às comunicações entre os responsáveis no terreno e os tripulantes do helicóptero do SNBPC. A falta de um rádio de banda aeronáutica, específico para operações com meios aéreos, impediu a comunicação entre uns e outros. Em quase toda a área da Linha do Tua os telemóveis deixam praticamente de funcionar. O local preciso do acidente "é dos poucos onde os telemóveis funcionam, mas mesmo assim com falhas", adiantou fonte dos bombeiros. No entanto, a Protecção Civil poderia ter estabelecido uma rede com recurso a uma espécie de repetidor transmitindo para um ponto mais alto e daí para os outros pontos, o que não se verificou. Outro "héli" no AlgarveDepois do resgate dos dois jovens que sobreviveram ao acidente e do seu transporte para Vila Real (ver página seguinte),o helicóptero do SNBPC já não regressou nessa noite ao local. Este "héli" está habitualmente estacionado em Santa Comba Dão, uma vez que existem apenas dois em todo o país, para apoio aos bombeiros, em missões deste género - o outro está em Loulé, no Algarve. Segundo apurámos junto de várias fontes, o helicóptero aterrou em Vila Real para reabastecer, mas a bomba de combustível do aeródromo deixou de funcionar. "Durante duas horas foi um autêntico rebuliço", disse uma fonte contactada pelo JN. A solução encontrada acabou por ser a de pedir o combustível aos bombeiros de Armamar (a cerca de 50 quilómetros), onde existe um heliporto utilizado como base no combate a incêndios no Verão. Dos mil litros necessários, "os bombeiros de Armamar acabaram por conseguir transportar apenas 200, pois não tinham vasilha adequada. Estes 200 litros foram suficientes para que o helicóptero voasse até àquela vila, onde reabasteceu na totalidade, "ficando aí estacionado durante a noite, tendo tentado novas buscas pela manhã, dificultadas pelo forte nevoeiro", acrescentou uma das fontes.O vice-presidente da Câmara de Vila Real e presidente da empresa municipal Vila Real Social, António Nazaré Pereira, explicou ao JN que "o alerta para o aeródromo foi dado cerca das 20 horas, e esteve tudo operacional para dar apoio aos helicópteros envolvidos no resgate em Carrazeda de Ansiães. No entanto quando foi necessário abastecer, a bomba avariou. Como o técnico da BP se encontrava em Setúbal noutro serviço, não foi possível resolver a situação, pois só alguém especializado o poderia fazer". Ainda segundo aquele responsável, "trata-se de uma bomba eléctrica, e ainda foram feitas várias tentativas para resolver o problema manualmente, mas os esforços foram infrutíferos" . O técnico esteve ontem, à tarde, no aeródromo e o problema foi, entretanto, solucionado.
Fonte: Ermelinda Osório, José Mota; JN

Falta de certificação limita helicópteros

Os seis helicópteros Kamov Ka 32 que o Governo decidiu comprar, em concurso público adjudicado em Abril do ano passado, terão de ser matriculados como aeronaves de Estado. O aparelho russo não está certificado pela agência europeia EASA ("European Aviation Safety Agency") nem foi feito pela empresa Kamov qualquer pedido nesse sentido. Facto que suscitou um pedido de impugnação do concurso internacional, que ainda está a ser apreciado no Supremo Tribunal Administrativo.A ausência de certificação europeia dos Kamov foi tida em conta na definição da Empresa de Meios Aéreos SA, criada ontem em Conselho de Ministros para gerir a frota pública. O decreto-lei que cria a empresa prevê desde logo a hipótese de operar aeronaves de Estado.O braço-de-ferro que levou a tribunal a empresa Helisul (candidata derrotada no concurso) e o Ministério da Administração Interna é desvalorizado pelo subsecretário de Estado Rocha Andrade, que assegura não serem beliscadas as missões definidas no caderno de encargos. Na prática, contudo, os "Kamov" acabarão por estar centrados no combate a fogos, apesar de o Governo sempre ter afirmado a preocupação de diversificar o conjunto de missões da frota.A inexistência de certificação impede o transporte de passageiros - portanto, actividades como o transporte hospitalar de doentes, por exemplo -, mas o governante recorda que essa missão não estava incluída no concurso. Salienta ainda que missões vedadas ao "Kamov" poderão vir a ser desempenhadas pelos outros quatro helicópteros que compõem a frota pública (aparelhos ligeiros Eurocopter)."Solidez jurídica""Estamos convictos, desde o início, da solidez jurídica da adjudicação", afirma Rocha Andrade, acrescentando que a interpretação de cenários foi sempre acompanhada, desde a preparação do concurso, por pareceres do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), segundo os quais será possível atribuir matrícula civil às aeronaves de Estado.A Helisul garante que o regime de excepção impede inscrição com matrícula civil, dúvida que o INAC não esclareceu ao JN, apesar do pedido insistentemente formulado por escrito e por telefone. Luís Tavares, gerente da Helisul, junta às questões puramente legais e técnicas uma crítica ao sinal dado pelo Governo "A habilidade de contornar regras da União Europeia com a matrícula dos helicópteros como aeronaves de Estado é típica de um país terceiro-mundista".Apesar de Rocha Andrade afirmar ter indicações da empresa Kamov de que já se iniciou a certificação junto da EASA, esta informação não é confirmada pela agência europeia. Aliás, numa entrevista publicada, em Dezembro, numa revista da especialidade, "Defence Helicopter", o director-geral da Kamov admite não estar interessado na certificação, processo oneroso e demorado, por não ser "economicamente justificável". Denis Manturov afirma que os mercados preferenciais da empresa russa são "o Sul e Sudoeste asiáticos, África e América do Sul". Na Europa, o Kamov opera apenas em Espanha, no combate a fogos, mas com uma autorização restrita que impede, por exemplo, sobrevoar cidades ou voar à noite.Entrega faseadaO JN tentou igualmente obter um comentário da empresa vencedora do concurso, a Heliportugal, assim como confirmar os prazos de entrega dos seis helicópteros, mas não obteve resposta. Contratualmente, está definida a entrega faseada das aeronaves, com início em Maio, mas a empresa estará a tentar antecipar, para que todas fiquem disponíveis durante este Verão. As polémicas em torno dos concursos públicos de locação de meios aéreos têm sido ricas, em anos anteriores, em contestação (ver ficha). Os dois de aquisição de helicópteros, ambos ganhos pela Heliportugal, suscitaram ainda procedimento judicial de outra empresa derrotada. Neste caso, o processo teve já desfecho favorável para o MAI. ImpugnaçãoNo Verão de 2000, a base permanente de Santa Comba Dão esteve vinte dias sem o helicóptero habitualmente ali estacionado. Tudo porque a OMNI, empresa que nos anos anteriores detinha o vínculo de ligação àquela base, impugnou o concurso ganho por uma empresa espanhola. O episódio foi desdramatizado com ajuda de S. Pedro é que durante o período em causa, em pleno mês de Agosto, não houve ocorrências significativas que exigissem meios aéreos naquela zona.AnulaçãoEm 2004, em plena época de incêndios (início de Junho) o Governo obrigou o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil a anular dois concursos para contratação de dez aviões ligeiros, por alegadas irregularidades no caderno de encargos. Foi então feito um ajuste directo (também contestado), que atrasou a disponibilização de meios em cinco distritos.
Fonte: JN ; Inês Cardoso

Nova empresa vai gerir meios aéreos de combate a incêndios

O Governo aprovou hoje, em Conselho de Ministros, a criação da Empresa de Meios Aéreos (EMA), que será responsável pela gestão do dispositivo de meios aéreos adquiridos para a prevenção e combate aos incêndios florestais."A EMA é responsável pela gestão do dispositivo de meios aéreos que, para além da missão primária de prevenção e combate a incêndios florestais, pode também ser utilizado para missões distintas, tais como a vigilância de fronteiras, a recuperação de sinistrados, a segurança rodoviária e o apoio às forças e serviços de segurança, a protecção e socorro", indica o Conselho de Ministros, em comunicado.A EMA, que funcionará como uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, poderá ainda alugar os meios aéreos de que não disponha e que sejam necessários às suas missões, bem como contratar os recursos técnicos e humanos associados, "respeitando as regras de contratação pública e de boa gestão".O ministro da Administração Interna, António Costa, tinha anunciado no início de Novembro do ano passado a intenção da tutela em criar esta empresa, para gerir os meios aéreos afectos à Protecção Civil.
Fonte: Lusa